Introdução
A interação entre prosódia e pragmática é muito estreita. No âmbito dos estudos prosódicos, isso aparece desde o início da disciplina, em meados do séc. XX; no âmbito dos estudos pragmáticos, a consciência da importância da prosódia é mais recente e coincide com a popularização dos instrumentos de análise acústica. Podemos dizer que a relação entre as duas disciplinas é necessária, pois é impensável atribuir um significado comunicativo a uma expressão sem uma realização prosódica, mesmo se silenciosa como na leitura.
Os temas de análise linguística que estão na interface entre os estudos prosódicos e os estudos pragmáticos são muitos (Couper-Kuhlen 2011; Hirshberg 2017). Aqui nos concentraremos no estudo das ilocuções, das atitudes e da estrutura informacional, com atenção também à análise dos marcadores discursivos e uma observação sobre a importância da variação diafásica.
Para todos esses temas, uma pré-condição é a noção de fraseamento prosódico (Barth-Weingarten 2016; Féry 2017), ou seja, a segmentação do fluxo da fala em unidades prosódicas. Essas unidades parecem veicular funções comunicativas relevantes do ponto de vista informacional. É a prosódia que, através da segmentação, sinaliza na sequência segmental as relações entre as palavras e, através da forma entoacional, a função que a sequência desempenha dentro do fluxo. O fraseamento é importante também por ser responsável pela identificação das unidades básicas do ponto de vista comunicativo (Izre’el et al. 2020). A identificação dessas unidades não parece ser compatível com a noção estrutural de sentença, e pode ser melhor definida com base em critérios ilocucionários (Austin 1962) veiculados perceptivamente por propriedades prosódicas (Moneglia 2011) que atribuem uma natureza acional à unidade básica.
Dentro da unidade prosódica se identificam partes estruturais distintas, das quais a mais importante é o núcleo, normalmente coincidente com uma ou poucas sílabas (Crystal 1969).
As ilocuções
Se consideramos que a unidade básica da fala coincide, ou pelo menos é fortemente relacionada à sua capacidade de realizar uma ação, o conceito de ilocução se torna essencial. A ilocução não pode ser definida apenas com base em critérios prosódicos, mas certamente é através da prosódia que o falante veicula e o ouvinte percebe a natureza acional de uma sequência de palavras. Não é difícil imaginar sequências que compartilham os mesmos segmentos, mas veiculam ações diferentes porque realizadas com formas entonacionais diferentes. O que nos permite diferenciar entre, por exemplo, uma asserção, uma pergunta, uma ordem e diversas outras ações linguísticas é a entonação juntamente com o alinhamento da curva.
Isso não significa que a mesma forma prosódica não possa veicular mais de uma ação. Provavelmente, a prosódia marca mais claramente aquelas ações que são ambíguas pragmaticamente. Um exemplo evidente é o caso de asserção e pergunta total. Elas podem aparecer basicamente nos mesmos contextos e precisam, portanto, de uma diferenciação prosódica clara. Ao contrário, duas ações como ordem e instrução não resultam diferentes a partir de um teste de percepção (Raso & Rocha 2016), mas parecem facilmente distinguíveis contextualmente, ou seja, utilizando propriedades pragmáticas e não prosódicas.
A figura abaixo, retirada de Raso (2023) mostra a realização da sequência segmental Urano com três formas ilocucionárias diferentes: asserção de resposta, expressão de incredulidade e confirmação, depois repetida com atitude diferente.
Resposta
Expressão de incredulidade
Confirmação
Conclusão
Algumas ilocuções foram muito estudadas, principalmente aquelas que se encaixam no conceito de modalidade de frase oriundo da tradição escrita: asserção, pergunta, ordem e poucas outras (Hirst & Di Cristo 1998). Mas existem algumas tentativas de descrever um leque mais amplos de formas prosódicas acionais (Cresti 2020).
A relação entre prosódia e ilocução tem sido explorada também em uma perspectiva neurocientífica (Tomasello 2023).
A atitude
A atitude pode ser definida como o modo com o qual a ação é realizada (Mello & Raso 2011). A mesma ação pode, de fato, ser realizada de maneiras diferentes: cortês, descortês, urgente, sedutora, hesitante, irritada, e até com atitudes próprias de certas culturas como o kyoshuku no japonês (Shoki et al. 2014). A ação continua a mesma, mas o efeito comunicativo difere por razões não mais de natureza ilocucionária, mas por como a ação é realizada.
As atitudes possuem claramente um grau de convencionalização, apesar de ter alguma relação com a categoria da emoção, que é correlacionada a aspetos fisiológicos. Nós podemos controlar as marcas atitudinais para fins comunicativos.
A figura abaixo, retirada de Rocha (2016) mostra a realização da mesma sequência segmental Pega o livro preto com ilocução de ordem, mas com cinco atitudes diferentes.
A prosódia se revela fundamental em marcar a atitude. Mas parece que o domínio dela e os parâmetros mais importantes não são os mesmos utilizados para marcar a ilocução. Se a marca ilocucionária incide apenas, ou principalmente, na porção nuclear da unidade prosódica, os parâmetros prosódicos que caracterizam a atitude se espraiam para a unidade toda. Se a ilocução parece marcada principalmente pela curva de f0 e seu alinhamento aos segmentos, a atitude é veiculada em primeiro lugar por parâmetros como o range, o tempo e a intensidade, além da qualidade de voz (Aubergé & Cathiard 2003). Uma ilocução, ou mais em geral, uma unidade prosódica é sempre realizada com uma determinada atitude, que pode ser mais ou menos marcada. A ilocução, enquanto esquema acional convencionalizado, possui uma dimensão abstrata e categórica. Ao contrário a atitude concretiza a ilocução de um certo modo, que pode ser visto como um ponto de um contínuo. É provável que exista uma preferência na realização de cada ilocução com determinadas atitudes, mas certamente não existe uma relação determinística.
As atitudes são estudadas também na perspectiva da Polidez (Brown & Prieto 2017), um campo da pragmática que investiga as normas sociais do comportamento linguístico para a preservação e/ou o ataque da face. Na expressão das atitudes frequentemente se torna muito relevante a chamada prosódia visual. As expressões faciais tendem a colaborar com a prosódia e podem ser até mais comunicativas do que os parâmetros da voz (Moraes & Rilliard 2014). Os gestos das mãos, os chamados de co-speech gestures, se mostram mais correlacionados ao fraseamento e às mudanças de níveis discursivos (Cantalini & Moneglia 2020; Barros 2021.; Bicalho 2023).
A estrutura informacional (EI)
O estudo da EI se refere à organização do enunciado em diferentes blocos, que veiculam a contribuição oferecida à construção da mensagem. Trata-se de um nível de análise linguística, principalmente na fala, que sinaliza o valor pragmático que deve ser atribuído àquele bloco específico dentro do enunciado e, de maneira mais ampla, no discurso. Contudo, o conceito de EI é entendido de maneira diferente dentro de diversas orientações teóricas (Lambrecht 1987; Chafe 1994; Cresti & Moneglia 2010; Krifka & Musan 2012; Rooth 2016, entre outros), que revelam fenômenos parcialmente complementares ou partem de assuntos muito diferentes, com maior atenção a elementos contextuais ou a decisões linguísticas dos falantes. Em particular, o papel da prosódia na organização da EI varia muito dependendo do quadro teórico.
O estudo da EI possui uma tradição antiga, que remete pelo menos a Weil (1844) e passa, entre outros, pelo trabalho de Mathesius (1929), Firbas (1964), Hockett (1958), Hallyday (1967) e Li e Thompson (1976). Contudo, pode-se dizer que as vertentes contemporâneas remetem a diferentes aspectos da reflexão de Chafe (1976), aprofundada em Chafe (1994). Chafe estabelece uma relação forte entre prosódia e EI, evidenciando o papel do fraseamento, a tendência ao isomorfismo entre unidade prosódica e unidade informacional, e a relação entre forma prosódica e função informacional em veicular a noção de information packaging: pistas prosódicas informam o ouvinte sobre o estado mental do falante a respeito de blocos de textos contidos na unidade prosódica. Essa noção tem influenciado de diferentes maneiras tanto abordagens mais formais quanto aquelas mais funcionais.
Em abordagens mais formais (Schwabe & Winkler 2007; Krifka & Musan 2012; Féry & Ishikara 2016), de base semântica e contextualista, a função da prosódia é menos evidente; ela foca proeminências normalmente de natureza mais local, pois incidem em um único elemento lexical, que sinalizam a seleção de uma possibilidade entre um conjunto de diversas opções pressupostas. Nessas abordagens não existe uma correlação entre unidade prosódica e unidade informacional (Couper-Kuhlen 2012) e é muito investigada a relação entre valores de natureza informacional e conceitos de natureza cognitiva como dado e novo, que também podem receber marcas prosódicas (Féry & Ishikara 2010; Chen 2012). Nessa abordagem se observam oposições tendencialmente binárias. Isso se reflete na individualização e na descrição das categorias informacionais.
Em outros arcabouços teóricos, de base mais pragmática e frequentemente baseados em dados naturais de corpora de fala, a ilocução é considerada uma unidade informacional e constitui o núcleo de um padrão informacional. A unidade informacional tende a coincidir com a unidade prosódica, de modo que essa se torna o veículo de uma função informacional. A forma prosódica que a unidade hospeda veicula uma função informacional específica. Com definições às vezes próximas a diversas vertentes e outras menos, se reconhecessem comumente algumas funções: o tópico, o parentético, o anti-tópico ou apêndice, e um tipo de unidade que parece ter a função de alertar sobre a mudança das coordenadas dêiticas, tipicamente antes de discurso reportado (Toledo 2024). Em algumas perspectivas se identifica a função informacional com base em sua forma prosódica, que pode envolver uma proeminência funcional à interpretação da unidade como um todo, como no tópico e nas ilocuções, ou ser avaliada holisticamente, sempre com base em princípios de natureza prosódica, como no parentético e no introdutor locutivo.
Um problema dentro do debate sobre a EI é o uso dos mesmos termos com definições bastante diferentes (Krifka 2007; Cresti 2011), como acontece no caso do tópico e do conceito de foco.
Os marcadores discursivos (MD)
Nas últimas décadas tem aparecido uma enorme quantidade de publicações sobre os MD, lexemas ou pequenas locuções que não participam do conteúdo proposicional do enunciado e, portanto, não são composicionais com os outros elementos presentes. Frequentemente se distingue entre MD de natureza interacional, que servem para regular a interação e são dirigidos a interlocutor, e marcadores de natureza coesiva, que servem para conectar turnos, enunciados ou unidades informacionais (Fischer 2006).
Na grande maioria dos casos, os MD são estudados a partir das características lexicais, mesmo quando se tenta investigar a prosódia. Uma proposta recente (Raso et al. In press) sugere, ao contrário, que para uma classificação funcional dos MD se parta da prosódia. Parece que através de uma análise prosódica que leve em conta tanto o fraseamento quanto a forma entoacional da unidade é possível identificar apenas 5 macrofunções para os MD interacionais, enquanto os coesivos seriam integrados em unidades maiores. Isso permitiria considerar os MD interacionais como verdadeiras unidades informacionais com função procedural. Os efeitos do léxico, da frase e do contexto, assim como aquele da atitude, serviriam então para marcar subfunções a partir de uma primeira categorização prosódica.
A variação diafásica (MD)
A diafasia é a variação sociolinguística relativa à situação comunicativa. Cada situação é condicionada por diferentes aspectos contextuais (lugar, papel e relações entre os participantes, atividades, objetivos). É a variação ao longo desse eixo que mais condiciona a dimensão pragmática e tem maiores efeitos na estruturação prosódica do discurso. A situação determina o que depende do common ground, influenciando assim o que é explicitamente dito e o que é pressuposto; determina o grau de formalidade, influenciando assim as escolhas lexicais e morfossintáticas; mas principalmente determina o grau de interatividade, influenciando assim a duração dos turnos, a complexidade das unidades básicas da fala, que podem ser constituídas apenas pela unidade prosódica que carrega a ilocução ou ter uma organização informacionalmente até muito complexa; e determina a variação ilocucionária e a sua previsibilidade.
Se pense na estruturação de um monólogo narrativo, que tende a repetir as mesmas ilocuções com uma estruturação prosódico-informacional muito articulada; a se compare, ao oposto, à fala de um grupo de amigos jogando futebol, onde os enunciados serão muito curtos e constituídos provavelmente de alertas, ordens, chamamentos, expressivos de vário tipo; ou ainda a uma entrevista de trabalho, provavelmente constituída majoritariamente por perguntas e respostas, algumas simples, outras complexas. Nenhuma variação sociolinguística condiciona a estrutura ilocucionária e informacional, e, portanto, prosódica, do discurso quanto a dimensão situacional (Mello 2014).
Existem corpora de fala espontânea de várias línguas construídos para explorar a diafasia, como Du Bois et al. (2000-2005), Cresti & Moneglia (2005) e Raso & Mello (2012).
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